Uma pessoa não consegue imaginar nem 1/3 do que outra possa sentir. Cada pessoa é única, com sentimentos únicos. Nem mesmo o amor consegue ser igual pra todos quem dirá a dor, a angústia.
Eu já tentei explicar minha ansiedade extrema, mas sempre acabam por me achar louca, então prefiro sofrer sozinha.
Nas vezes que esse sentimento chega, simplesmente escrevo e tento passar no papel as minhas dores sem que as pessoas saibam que elas vêm de mim.
Hoje essa angústia não tem me deixado pensar, eu gostaria de sair por aí andando sem rumo, na direção contrária dessa brisa gelada que chegou após a chuva. Eu queria gritar com todos os idiotas e arranhar a face deles de uma maneira que as cicatrizes durassem pra sempre, eu queria voar, chorar, me descabelar, deitar, sorrir, não sentir.
É algo tão inexplicável e forte que me controla. Eu tento ficar parada, mas meu corpo se coça por dentro fazendo com que eu me contorça de raiva.
Eu rezo pra que ninguém se dirija a mim de maneira obscena ou hostil, pois nesses dias minha tolerância fica em baixa e eu preciso só de uma faísca pra acender a fogueira do meu ódio.
Eu não me sinto bem, eu me sinto uma bomba relógio pronta pra explodir e fazer de todos simples pedaços de nada.
É torturante viver assim. Mesmo não convivendo diariamente com esse sentimento, nas raras vezes que o sinto, me desespero completamente.
Fico desejando a cada noite uma dose a mais do meu sossega-leão, pra que ele me proteja de mim mesma.
Fico esperando que um dia alguém entenda que incompreensão dói mais do que a solidão.
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