terça-feira, 16 de novembro de 2010

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

No meu mundo felicidade tem toque de recolher.
Aqui tudo é regrado.
Sorriso tem os centimetros contados.
Abraços, beijos, carinhos.. tudo muito bem calculado e dividido.
Aqui não se tem desejos.
Os impulsos, mesmo que sejam benignos
são terminantemente proibidos.
Não se pode correr atrás de sonhos, conhecer lugares, pessoas, tocar a vida,
ver as suas belezas e feridas.
Dizem ser mais seguro aqui embaixo,
no tédio.
Mas o tédio desespera.
Queria viver, sentir, sofrer, conhecer, beijar, fazer carinho, fazer amor.
Assim que se vive pra mim.
Mais como viver se me limitam?
Me aprisionam em celas que já nem mais existem,
só nos olhos de quem julga,
de quem preconceitua.
Aqui só se inspira coisas boas depois de verificar minusciosamente as consequências do expirar.
Aqui sufocam a arte de viver.
Sufocam a arte de sentir cada minuto
Aqui somos como uma flor querendo ser guiada pelo sol mas que é impedida pelas nuvens que insistem em tentar protegê-la do ciclo natural da vida.

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