Talvez as palavras traduzam o que o coração sente, ou já não sente. Quando as pessoas não compreendem mais o som que a garganta emite, a caneta desliza com facilidade pelo papel desenhando a alma como se fosse um espelho. Silenciando o peito acelerado pelo desespero, esvaziando nuvens encharcadas de lágrimas.
Momentaneamente a vida passa a ser história e não se sente mais necessidade do real, já que não há prazer em fazer parte dessa dimensão.
Quem dera se o mundo fosse simples e as vidas realmente se cruzassem. Não haveria solidão.
A loucura cria essas malvadas horas que atordoam pensamentos vazios, quando nem o sono faz calar o medo de perder o que já está perdido.
Seu único companheiro é um comprimido e um copo de destilado barato.
O que te resta é a caneta e o papel.
É o que te mantém vivo!
Eu faço assim, silencio e me esvazio.
Bomm o poema! parabens!
ResponderExcluirBju bju
Larys